As direções estaduais do PP e do União Brasil na Bahia mantêm postura pragmática, alternando apoio institucional e críticas ao governo estadual e à gestão federal.
Quarta-feira, 24/04/2025 – Após a oficialização da federação entre PP (Progressistas) e União Brasil no cenário nacional, a atuação das duas legendas na Bahia revela um campo de articulações políticas mais heterogêneo, refletindo tanto as particularidades regionais quanto os interesses estratégicos nas relações com os governos Jerônimo Rodrigues (PT), no plano estadual, e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em nível federal.
Postura do PP baiano: apoio moderado e influência administrativa
O PP da Bahia, sob liderança do deputado federal Mario Negromonte Junior, mantém uma posição de cooperação institucional com o governo Jerônimo Rodrigues, ocupando espaços na administração estadual e mantendo interlocução direta com a cúpula petista local. A sigla possui divisão interna, com o ex-vice governador e deputado federal João Leão em postura crítica ao governo do PT na Bahia.
O partido adota postura moderadamente crítica em temas como segurança pública e arrecadação estadual, buscando se posicionar como alternativa técnica e pragmática para 2026. No plano federal, a relação do PP baiano com o governo Lula é mais protocolar, centrada em agendas parlamentares e repasses institucionais, sem compor diretamente a base do Palácio do Planalto.
União Brasil da Bahia: oposição e posicionamento estratégico
O União Brasil da Bahia, liderado politicamente pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto, adota posição de oposição ao governo Jerônimo Rodrigues. O partido atua com foco nos municípios e na Assembleia Legislativa, fazendo críticas recorrentes à gestão estadual em áreas como segurança pública, infraestrutura, saúde e educação.
Em relação ao governo federal, o União Brasil baiano se alinha a uma agenda mais independente, com votos divergentes no Congresso Nacional e críticas ao excesso de centralização petista nas políticas públicas. A legenda também tenta consolidar um discurso de centro-direita, visando ampliar sua base eleitoral no interior do estado e viabilizar uma candidatura competitiva ao governo da Bahia em 2026.
A convivência federada e os desafios de 2026
A criação da federação nacional entre PP e União Brasil não implica fusão partidária nem unidade total de atuação nos estados. No caso da Bahia, as duas legendas mantêm identidades distintas e estratégias eleitorais próprias, embora compartilhem algumas pautas no Legislativo e articulem coligações municipais.
Para as eleições de 2026, a permanência da federação dependerá da harmonização de interesses regionais. A disputa interna por protagonismo, especialmente em grandes centros como Salvador e Feira de Santana, será um teste para a coesão da aliança. A eventual candidatura de um nome federado ao governo estadual ou à presidência poderá acelerar esse processo ou, ao contrário
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário: