RUI COSTA, SUCESSÃO DE 2026 E A IMPLOSÃO DA BASE ALIADA - Falando com Autoridade

21 novembro 2024

RUI COSTA, SUCESSÃO DE 2026 E A IMPLOSÃO DA BASE ALIADA

Segundo o site Política Livre, lá de Salvador, "o plano do ministro Rui Costa (PT) é ficar com a cabeça de chapa em 2026 e não com uma das vagas na eleição pelo Senado". 

Rui Costa, que já governou a Boa Terra por duas vezes, quer voltar a ser o morador mais ilustre do cobiçado Palácio de Ondina, conquistando o terceiro mandato. 

O governador Jerônimo Rodrigues, companheiro de partido do chefe da Casa Civil, teria desistido de buscar a reeleição ? A pergunta, assentada na matéria do site, como fonte da informação, é oportuna e pertinente.

A impressão que ficou é que Rui Costa acha que Jerônimo Rodrigues não tem mais o desejo de permanecer por mais quatro anos como mandatário-mor da Bahia. 

A matéria do Política Livre fala também que o ministro se articula para manter, na reforma administrativa do governador Jerônimo Rodrigues (PT), "o controle da Conder e retirar o comando da Embasa da influência direta do senador Jaques Wagner (PT)". 

Seria muita ingenuidade do governador Jerônimo Rodrigues atender as reivindicações de quem pode ser seu adversário na sucessão de 2026. Dizer ok para os pedidos do ministro passa a ser o primeiro sinal de que não vai disputar a reeleição.

Essa pretensão de Rui Costa pode ser também uma maneira de encontrar um argumento para deixar o PT e procurar outro abrigo partidário, como o Avante do empresário Ronaldo Carletto, presidente estadual da legenda, que parece ser a única sigla viável para o ministro. 

Salta aos olhos que Rui está tendo acesso as pesquisas que apontam não só seu favoritismo como uma preocupante rejeição a Jerônimo Rodrigues. Se o governador estivesse bem nas consultas, Rui não estaria com essa disposição de disputar o governo do Estado.

E aí não tem como deixar de fazer uma outra pergunta, também pertinente : O que pensa o governador Jerônimo Rodrigues sobre a pretensão de Rui de disputar o terceiro mandato ? A indagação serve também para o senador Jaques Wagner. 

Tudo caminha para que o relacionamento político entre Wagner e Rui, do criador com a criatura, fique cada vez mais tenso. Com efeito, já faz muito tempo que os "companheiros" não se entendem. É um pra lá, outro pra cá. 

Quem acompanha todo o pega-pega, o imbróglio na composição da majoritária governista, é ACM Neto, vice-presidente nacional do União Brasil. Sem dúvida, o maior interessado no racha, na implosão da base aliada. 

As vigas que dão sustentação política ao jeronismo vão ficando cada vez mais cheias de fissuras. A foto que ilustra o comentário de hoje pode deixar de ser usada como sinônimo de união das três principais lideranças do lulopetismo da Bahia.


Por: Marcos Wense 


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