ROSEMBERG, GERALDO E A SUCESSÃO DE ITABUNA - Falando com Autoridade

02 março 2024

ROSEMBERG, GERALDO E A SUCESSÃO DE ITABUNA

O deputado petista Rosemberg Pinto, líder do governador Jerônimo Rodrigues na Assembleia Legislativa, é o padrinho político da ala do PT que defende o apoio do partido à reeleição de Augusto Castro (PSD). 


A sucessão de Itabuna tem "dois" PTs. O PT 1, querendo Geraldo Simões como prefeiturável da federação Brasil da Esperança, e o PT 2, também rotulado de augustiniano, na missão de direcionar a legenda para o segundo mandato de Augusto. 


Na entrevista de ontem, na Rádio Interativa, programa de Fábio Ferreira, Rosemberg declarou que a federação Brasil da Esperança, formada pelo PT, PCdoB e PV, dificilmente terá candidatura própria, obviamente se referindo ao "companheiro" Geraldo Simões.


Rosemberg tem insinuado, quando questionado sobre o imbróglio na sucessão de Itabuna, que o apoio do PT 2 ao segundo mandato de Augusto tem a concordância do governador Jerônimo Rodrigues.


O incontido desejo de defenestrar Geraldo Simões do processo sucessório vai levando o deputado a dar opiniões sem nenhum fundamento e consistência. O tiro da implacável perseguição vai terminar saindo pela culatra.  


Coincidência ou não, no mesmo dia, no portal de A Tarde, Jerônimo Rodrigues disse, como estivesse mandando um recado para seu líder na Casa Legislativa, que "está difícil ter um único candidato da base aliada na sucessão de Itabuna", admitindo assim a possibilidade de dois candidatos representando o governismo lulopetista: Augusto Castro, buscando o segundo mandato, e Geraldo Simões querendo retornar ao comando do centro administrativo Firmino Alves. 


Como se não bastasse, o governador, sem ser provocado, fez questão de elogiar Geraldo Simões : "É o nome histórico nosso. Geraldo é um camarada, um companheiro daqueles de primeira hora". 


A admiração do chefe do Palácio de Ondina pelo ex-prefeito fortaleceu o PT 1 no argumento de que Rosemberg não tem autorização do governador para falar sobre a sucessão de Itabuna, que sua vontade de ver Geraldo fora da disputa não significa que seja a mesma do mandatário-mor da Boa Terra, que trata o ex-alcaide como companheiro (sem aspas). 


Para desestabilizar o "companheiro" Geraldo Simões, Rosemberg chega ao ponto de dizer que faz pesquisa "todo dia", que "a candidatura do PT não passa de 3%". O parlamentar deve ter trocado "todo mês" por "todo dia". 


Ao ser indagado por um ouvinte sobre a rejeição de Augusto Castro, Rosemberg verberou que "30% não é uma rejeição que cause transtorno". Que coisa, hein ! O próprio prefeito sabe que sua rejeição é preocupante, que precisa diminuir, sob pena de não permanecer por mais quatro anos como maior autoridade do município. 


Já disse aqui, salvo engano por mais de três vezes, que a grande expectativa da sucessão de Itabuna gira em torno da federação "Brasil da Esperança", envolvendo petistas, comunistas e os verdes. Enquanto não houver um desfecho final, a ansiedade vai continuar a todo vapor. 


PS (1) - A curiosidade de todo esse pega-pega entre Rosemberg Pinto e o PT 1, que quer a federação com candidatura própria, diz respeito ao instituto de pesquisa contratado pelo deputado. A pergunta que vem logo à tona é se a empresa é daqui de Itabuna ou lá da capital. Pesquisa "todo dia" deve dar um bom dinheiro.


PS (2) - A reeleição de Augusto Castro vai provocar a seguinte manchete: O maior "cabo eleitoral" do segundo mandato de Augusto Castro (PSD) foi a vaidade dos adversários.


COLUNA WENSE, SÁBADO, 2 DE MARÇO DE 2024.


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