Entrevistada sexta-feira (2), na Rádio Santa Cruz, Adélia Pinheiro, secretaria estadual de Educação, disse que vai se filiar ao PT e que estaria disposta a disputar a sucessão de Ilhéus.
Não se sabe qual é a posição das três principais lideranças do lulopetismo da Boa Terra em relação ao desejo de Adélia, obviamente que me refiro ao governador Jerônimo Rodrigues, ministro Rui Costa e o senador Jaques Wagner.
O que se comenta no staff do prefeito Mário Alexandre, mais conhecido como Marão, é que o chefe do Executivo não ver com bons olhos o nome de Adélia e, muito menos, o do seu vice, o suplente de senador Bebeto Galvão (PSB).
Correligionários mais próximos de Marão são da opinião de que Adélia e Bebeto não são politicamente confiáveis, especificamente no que diz respeito ao processo eleitoral de 2026.
O chefe do Palácio Paranaguá quer um gestor que cumpra com o que for combinado como condição para receber seu apoio. Entre as exigências, a mais crucial é a de apoiar sua esposa Soane Galvão no pleito de 2026, quando a primeira-dama vai tentar permanecer por mais quatro anos como deputada estadual.
O futuro político do gestor da irmã e vizinha cidade, impedido de disputar o processo sucessório, já que a legislação eleitoral não permite o terceiro mandato consecutivo, é uma interrogação. Marão será candidato à Câmara dos Deputados ? Se a resposta for positiva, será mais um motivo para apoiar um candidato a prefeito de Ilhéus que possa confiar.
Das três figuras de destaque do PT, citadas acima, Rui Costa é a que merece mais atenção de Marão, a que deve ser consultada como prioridade. O então governador Rui Costa foi o melhor "prefeito" da história política de Ilhéus. Vai ser, sem nenhuma dúvida, o grande "cabo eleitoral" da sucessão de Mário Alexandre.
Salta aos olhos que o senador Otto Alencar, presidente estadual do PSD, abrigo partidário do alcaide, vai ser consultado. Rui Costa, no entanto, é quem terá mais influência na decisão de Marão, que tem Bento Lima, secretário municipal de Administração (Sead), como seu preferido.
As pesquisas de intenções de voto apontam o ex-prefeito Jabes Ribeiro, secretário-estadual do PP, na dianteira, com uma frente considerável em relação ao segundo colocado. Valderico Júnior, prefeiturável do União Brasil, é também um forte postulante ao comando da cobiçada Prefeitura de Ilhéus. Uma majoritária PP-UB, encabeça por Jabes, tendo Valderico como vice, é tida como favorita. Os jabistas mais otimistas falam que é "imbatível".
No frigir dos ovos, quem vai ser mesmo defenestrado do processo sucessório é o vice-prefeito Bebeto Galvão, esperançoso de que Marão iria cumprir sua palavra de que ele seria seu candidato na sucessão de 2024.
Em Itabuna, quando o assunto é a sucessão de Augusto Castro (PSD), se diz que tem muita água para passar sob as pontes, tendo como a mais citada a que liga o centro ao bairro São Caetano, onde se localiza a sede da prefeitura. Em Ilhéus, é a estaiada ponte Jorge Amado, que liga o centro à zona sul.
Findando o mês carnavalesco de fevereiro, o bom conselho é que os prefeituráveis fiquem com um olho no padre, outro na missa, como diz a sabedoria popular. Dia 6 de abril é o prazo limite para mudar de legenda.
Não posso deixar de finalizar o comentário de hoje repetindo que a política não costuma socorrer os que dormem. Lembrar que surpresas, sobressaltos, traições e ingratidões são inerentes a disputa pelo poder.
COLUNA WENSE, SÁBADO, 3 DE FEVEREIRO DE 2024.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário: