Itororó, 27 de outubro de 2023.
Prezados familiares de Eliezer
Geralmente, nas Ciências Exatas e Naturais, pode se falar: “contra fatos não há argumentos”. Criam-se as hipóteses, experimenta-se, mensura-se e quantifica-se. Diferente disso, nas Ciências Humanas há também os fatos. Só que, de modo especial, as quantificações dão lugar as cargas valorativas que potencializamos isso ou aquilo. Ancorado nessa subjetividade do humanismo social, cabe uma pergunta: Todos nós possuímos história?
De modo individual sim, pois, mesmo que o sujeito seja condicionado pelo meio, mesmo que viva como mero ouvinte da sociedade; mesmo que passe da fase de criança até chegar ao período adulto sem autonomia, essa pessoa e suas personalidades trazem consigo histórias de vida que os condutores do seu ser, na sua maior potencialidade, foram os outros.
Contrário a isso, encontram-se os protagonistas. Pessoas que não viveram, de maneira colateral, as “Histórias”. Indivíduos que fizeram e refizeram a História. Alguns visionários que tiveram um certo caminho pavimentado: progenitores que arquitetaram os empreendimentos. Diversas vezes, com recursos financeiros para giro comercial. E o que dizer dos protagonistas históricos que literalmente superaram etapas com a cara e a coragem?
Nesse rol de ousadia, está tipificado o senhor Eliezer Aguiar. É bem verdade que esse ser protagonista pensou em si nos seus investimentos, mas tenho a certeza que pensou no seu âmbito familiar e também no desenvolvimento de Itororó. Enquanto muitos, até abastados agem como Pilatos e lavam as mãos ao nosso município, Eliezer escreveu seu nome de modo atemporal nesse nosso território.
Como sujeito que admira os grandes nomes dessa nossa Itororó, sempre falo da ousadia de Eliezer. Um cidadão que esteve à frente de sua época. Diferente disso, outros sujeitos viveram ou vivem na letargia por poder e não querer investir nessa terra amada. São os parasitas do egocentrismo dilatado.
Foram ciclos e mais ciclos que perante a cronologia se findaram, mas na atemporalidade do protagonismo e do empreendedorismo fica a marca de um eterno vencedor. Ao falar em vitória, Eliezer, com o direcionamento de sua grande companheira,
Dona Nilza, não formaram filhos no patamar de “cidadãos de bens”, mercenários da ética mercadológicos. Possibilitaram sim gestação e parto de “cidadãos de bem”, que souberam interagir com públicos diferentes sem perderem a essência de integridade e moralidade social.
Por certa ousadia da minha parte, posso dizer que sou grato ao Pai Maior por conviver diretamente com a família de Eliezer Aguiar. Vale lembrar que, se a águia voa, luta e vence muitas adversidades, podemos afirmar que, na escola da vida, de maneira metafórica, “Aguiar” caracteriza um “verbo no infinitivo”. Assim sendo, Eliezer voou, lutou, venceu as adversidades junto com sua família de maneira infinita.
Marônio Cedro Mira
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