A
“reforma trabalhista” realizada pelos golpistas não só roubou direitos, bem
como criou 20 milhões de desempregados e empurrou 55,6% dos trabalhadores para
o mercado informal, onde as pessoas vivem de fazer bicos e a maioria não
consegue ganhar, sequer, um salário-mínimo.
A
cada estudo divulgado pelo IBGE e demais institutos de pesquisa fica provado a
falência do neoliberalismo. Os golpistas venderam a mentira de que era preciso
privatizar estatais, acabar com programas sociais e os grandes investimentos do
Estado, além disso, condenaram o país à PEC da Morte, que congela investimentos
públicos por 20 anos, a conta chegou e quem paga é o povo. O fracasso desta
política econômica também levou o Brasil a um brutal processo de
desindustrialização. O Jornal da USP publicou uma matéria que aponta: “Em 2015,
o Brasil tinha 384,7 mil estabelecimentos industriais e, no fim do ano passado,
a estimativa era de que o número tinha caído para 348,1 mil. Em seis anos,
foram extintas 36,6 mil fábricas, o que equivale a uma média de 17 fábricas
fechadas por dia no período”.
Diante
de tantos retrocessos, presenciamos ainda a fuga de multinacionais, quebradeira
de micro e pequenas empresas, a interdição quase que total dos investimentos em
Ciência/Tecnologia, a Cultura foi sepultada. Nenhum setor grande gerador de
empregos formais foi preservado. Antes do golpe, trabalhadores escolhiam as
melhores propostas de emprego. Em 2014, o Brasil fechou o ano com a menor taxa
de desemprego já registrada. Na média do ano, apenas 4,8% dos brasileiros
ficaram sem empregos formais.
Basta
fazer um exercício de memória para lembrar que engenheiros ganhavam em média
entre R$ 25.000 e R$ 30.000. Atualmente, a maioria dessa mão obra qualificada
está desempregada e dirigindo, sem direito algum, pra grandes empresas de
aplicativo -- até quando deu, porque até isto com valor abusivo dos
combustíveis inviabilizou o “bico”. O grande exército de trabalhadores
desempregados permite as empresas que ainda ofertam empregos submeterem estes
trabalhadores a relações precárias de trabalho e direitos, as pessoas convivem
com o assédio diário da demissão e da necessidade da superprodução. Temos uma
população exausta, empobrecida, sem perspectiva de futuro.
O
golpe de 2016, somado ao pior governo de todos os tempos, fez do Brasil um dos
piores países para se trabalhar e viver. Superar tamanho retrocesso requer luta
intensa de toda sociedade, sobretudo, da classe trabalhadora.
Autor: Josias
Gomes, Deputado Federal do PT/Bahia licenciado e atualmente titular da Secretaria
de Desenvolvimento Rural (SDR).
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